sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O que a gente diz/fala/expressa quando as palavras não tem a real dimensão do que realmente se sente?Mas como pode ser nada/vazio/vácuo quando a dor existe e se percebe latente aqui dentro ou onde quer que seja?Incompreensão e solidão,os maiores males da humanidade,como se sentir em paz quando não consegue dividir algo que atormenta se a vida em si é pura simbiose desde o início até o fim?


Perguntas,perguntas elas persistem e as respostas estão cada vez mais rasas...

"Por favor não me faça fingir,só me deixe sentir o que for."

sábado, 13 de novembro de 2010

Querer é poder?

Eu não quero desculpas,quero presença diária ao meu lado.Não quero arrependimentos,quero maturidade e respeito ao sentimento alheio.Não quero o passado,ele está cheio de erros que borram minha visão de futuro.Eu desejo,quero e almejo honestidade,mentir e omitir em alguns casos dá no mesmo.


Porque no fundo viver uma mentira não é viver é um espaço branco e doído imposto nas páginas da sua vida?


Tantas coisas eu queria,mas no fundo é o mesmo simples desejo:eu queria mais amor e menos negligência.

sábado, 23 de outubro de 2010

Eu,mim,eu mesma.

"Eu me amo,eu me amo,não posso mais viver sem mim".



Obrigada pela paciência,por ser ser quem você é

Obrigada por acreditar no que acredita,pois juro que sem isso estaria perdida

Obrigada por cada tempestade superada,por cada dor suportada

Obrigada por nunca aceitar a ideia de desistir de mim


Obrigada pela sua esperteza e inteligência,

de parar pra ver de todos os ângulos me acalmando assim

Obrigada por cada hesitação em frente ao desespero

á cada calma nos momentos quando o fracasso parecia iminente


Obrigada pelos anos vividos,e pelo que vivo e por quais ainda viverei

Obrigada por trazer sentido ao que não tinha mais colorido

Obrigada por ver fé onde poderia ter visto somente a decepção sentida

Obrigada por tantas coisas que não me lembro e sei que outras serão esquecidas

Obrigada por transformar em riso e graça as chateações de todo dia,


Obrigada por cantar as mágoas,por chorar de alegria,

por dormir quando tudo estava tão cinza,

Obrigada por ter sido uma criança tão feliz,

Obrigada por me lembrar todos os dias que uma vez feliz nunca mais se esquece

Obrigada por continuar teimando em acreditar na vida que tudo passa,que se curam todas as feridas

e se não cura,muito melhora.
Obrigada ao perceber que ao pensar que era o fim,você estava errada.



Obrigada não é nada pra ninguém menos do que eu.às vezes me esqueço de quem sou e de tudo que sou capaz,esqueço ás vezes do quanto eu amo ser eu mesma.Me privei da modéstia e acariciei o ego da pessoa que mais luta por mim,eu.





Obrigada Camilla.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

try out,again and again.

Acho que é incontável as milhares de vezes que quis postar por aqui e não o fiz.Não por preguiça(ok,um pouco dela sim vai!),mas por desacreditar nas minhas palavras.Eu queria escrever alegria,relatar felicidade porque por mais que eu possa mentir,eu não consigo faltar com a verdade.Que me tachem de sombria,melancólica e até de dramática,eu sei que sou tudo isso e mais um pouco,mas não sou só isso,só não consigo nesse momento ser nem escrever algo que não estou sentindo."As pessoas sempre partem",digam o que quiserem isso é verdade,pode não ser a única delas mas é,"não importa o que você faça sempre terão pessoas pra decepcionar",outra verdade que não exclui o fato de sermos essa certa pessoa pra alguém também,mas por experiência própria a humanidade tem um nível geral de maturidade como minhas notas de matemática na escola,e elas não eram nada boas.O fato é que mesmo anos se passando,tem coisas que a gente acha que aprende mas lá vem a vida querer nos tomar a lição outra vez e sem querer percebemos que não mudamos tanto assim,e talvez isso seja bom.Talvez o que nunca muda em você seja exatamente aquilo que te faz uma pessoa melhor,pode ser que nem seja simplesmente uma questão de aprender,talvez seja questão de se manter nessa mesma posição.A gente nunca sabe realmente o que as pessoas acham,pensam e sentem pela gente,mas o que interessa no fim é o que você pensa de si,no meu curso de francês que é numa franquia grande de idiomas tinha um quadro com uma daquelas frases bem clichês em inglês, traduzindo:"Se você tentar e não conseguir,tudo bem é normal falhar só continue sempre tentando",então toda vez que você repassar mentalmente sobre quem você é e o que você faz e ver que não fez nada a não ser pelo querer fazer algo certo e não for bem recebido,não se esqueça o mundo não é feito de um só lugar e nem somente de algumas poucas pessoas.Se dói ás vezes,claro,mas qualquer machucado arde pra cicatrizar.Pensando bem,clichê mesmo é a vida e seus mesmos assuntos difarçados de outros tempos e seus iguais comentários.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Nada mexe mais com a vaidade do que as passagens da idade,mas nada mais nos enriquece.Ou mais ou menos isso,sendo bem franca (mesmo),já estava cogitando ensaiar as mentiras sobre a minha idade pra daqui alguns anos quando com uma cena boba de seriado americano ao som de uma música da década em que nasci estava passando e de repente percebi que os meus anos mostram muito mais que meus fracassos,minhas perdas e tudo aquilo que eu pensava já ter alcançado á essa altura da minha vida nos tenros dias da minha vida.Foi reconfortante lembrar que apesar de tudo que envelhecer representa,eu não seria eu sem minhas 22 velhinhas,e por mais incrível que pareça isso realmente fez me sentir bem,genuinamente bem nesse dia.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Aquele que não existe.

"Closing time,time for you to go out to the places you will be from..."

Novos tempos aguardando velhas pendências,
ansiando novas esperanças,mensurando os grãos de areia.
Velhos sonhos almejando as tão antigas sonhadas oportunidades,
tentando acalmar a ansiedade de uma vida tão longa e ainda tão pouco vivida.
Fresco vento trazendo as chaves de uma liberdade tão querida,
de tão grande,tão imensa chega ser temida.
O tempo pode até não existir,
mas por aqui ele tem personalidade própria
anda,corre,cansa,descansa mas jamais,nunca para.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Hiato.

Hiato,no vernáculo e no dicionário tem definições simplistas quanto á esse fenômeno vocálico tão comunal na língua como na vida das pessoas.Até no tempo,uma das maiores invenções humanas,e talvez a maior das ilusões desta.
No meu caso,o hiato tem sido cada vez mais presente em minha vida,emocional,funcional,social,em todas as esferas por assim dizer.Mas saber lidar com a espera entre os hiatos da nossa vida,com certeza é uma das maiores dificuldades na humanidade,porque em tempos tão acelerados,tão supersônicos,a ânsia de viver na velocidade atual é quase que sufocante.Lembro-me de ler romances das irmãs Brontë ou da genial Jane Austen,e ficar encantada com toda aquela atmosfera nostálgica de tempos que eu nem ao menos na verdade vivi,mas que através daquelas páginas consegui me penetrar tão profundamente na ficção tão bem retratando a realidade daqueles tempos,que sim tinham suas tão prosaicas leis e seus púdicos modos para enquadrar a tudo e a todos,porém,o tempo parecia ter outra dimensão,tudo parecia andar literalmente á carruagem e não a cem quilómetros por hora,como atualmente,permitindo a nós contemplar a paisagem e não somente ser um borrão acidental no nosso olhar.
Tudo parecia mais vivido,mais sentido,os amores tinham profundidade,e viver parecia algo natural,mesmo com suas guerras e a falta de conforto da modernidade,é,viver definitivamente parecia menos estafante.E isso parece muito absurdo,uma vez que se trabalhavam muito,tinham-se mais filhos e morriam-se mais novos.Mas se parar pra pensar,os anos que ganhamos compensaram toda pressão multiplicada por mil,para se fazer,ser,realizar e pensar tudo que no mínimo planejamos pra nós mesmos?Naquela época eu estaria com certeza consternada em não estar casada no alto dos meus vinte e um anos,o que de fato ainda causa preocupação em muitos,e em parte até um pouco em mim.
Muito dizem que se mudou,mas será mesmo que no meio de um ritmo louco desses dias,aqueles simples sonhos que nos acompanham desde o começo dos tempos,conseguir ter algum lugar pra nos proteger,garantir comida e saciar nossa fome de afeto com pessoas amadas ao nosso redor mudou?Eu acho que no fundo,todas essas inúmeras metas que nos impomos é só algo pelo medo de nunca se saciar com nada.E nunca nos saciaremos,mas entre viver e passar a vida vazia na ilusão de enchê-la de coisas por encher,é na verdade só insistir em uma megalomania que está no dna de todas as mazelas do mundo.


E entender que não importa o quanto se faz,mas o que se faz,ah!Como difícil é realmente colocar isso na cabeça!Enquanto isso fico por quanto tempo precisar atônita,mas me salvo de uma vida lacônica.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Sweet dreams (?).

Me lembrei de um dia há muito tempo,quando ouvi que pra estar vivo de verdade,basta sonhar,que isso que nos mantém realmente vivos,e não somente seres que simplesmente existem.Acho que o pior sentimento,ou a falta de sentimentos,é quando percebemos que não sabemos mais sonhar.

De repente você acorda um dia,após de sucessivos dias sofridos,depois de diversos e dolorosos baques,e sem mesmo ter controle disso você inconscientemente bloqueou sua capacidade de sonhar.Simples e exato assim,não consegue,tudo que você aceita e consegue enxergar é a nem sempre saudável realidade.É quando você vê,o quão perigosos os sonhos que se voltam contra você podem ser,eles podem ser o motivo da sua vida,como podem se tornar na razão da sua morte.Ambíguo,é doce e fatal,como dizem o veneno mais potente não é o que possui gosto amargo.

Acho que chegamos em uma fase da vida quando percebemos que é preciso saber viver como diria Roberto Carlos.E quem diria,viver não é fácil!Requer uma certa dose variada de pessoa pra pessoa de paciência e a tão desacreditada no mundo atual,a fé.É incrível essa sensação tão humana,a de se questionar o porque de tudo,muitos passam a vida sem ao menos se fazer uma perguntinha sequer,mas eu não sou capaz disso,e ás vezes se questionar demais abala a mais fervorosa das fés.Ás vezes penso que o fruto proibido fora somente uma metáfora para o questionamento do homem,se perceberem,só deixaram de ser inocentes quando perceberam qua não existiam certezas em suas respostas,quando perguntar a uma criança repare,ela sempre parece certa de suas conclusões,pelo menos era assim que eu me sentia e observava ao meu redor.Acho que há vezes que devemos parar de questionar o tempo todo,e darmos vazão as coisas que não existem respotas prontas,e é dificil lidar com a incerteza.

Houve um dia em que disse que um dos meus maiores sonhos,se me frustrasse com ele poderia ser fatal pra mim.Mas hoje percebo também,que nenhuma arma é mais letal que a desesperança.

sábado, 6 de março de 2010

É que eu preciso dizer que me amo.

"Well,that's all right,that's ok!"
Nos vermos no ridículo é algo que sempre deveríamos fazer em algum momento da vida.Eu passei a vida toda reprimindo muito do ridículo que sou sempre com medo de não agradar os outros,"não gostam de pessoas que falam isso,ou aquilo,ou aquilo outro...",eu sempre me preocupei demais com os outros.É esqueci que deveria tentar me agradar mais em primeiro lugar,ninguém me conhece melhor que eu,menos ainda sabe pelo que eu passei pra ser quem eu sou agora,algo do qual tenho muito orgulho.Eu não fui a estrelinha da mamãe,eu cantava baixo,dançava escondido,porque sempre ouvi críticas,crianças sendo crianças deveriam ser criticadas?
Eu dizia algo impensado e logo estava escrava das desculpas alheias(desculpe na verdade por ser humana,exatamente como todo mundo e dada á falhas).Eu cheguei no fundo do poço e sinceramente a única que realmente pode me tirar de lá fui eu mesma,afinal foi quem tinha me colocado.Meu apelido já foi Sandy,eu sempre fui certinha,certinha engraçadinha,mas pra ser santa só faltava a auréola,mas meu santo é de barro como qualquer outro,ele caí ele quebra,ele se desmancha,eu sou gente,já disse sou humana!
Demorou pra cair a ficha de que quem não gostar que não goste,quem achar feio que ache,quem quiser me achar babaca que pense o que bem quiser,isso é direito de todos,tendo respeito a expressão é tão livre como a mente de uma criança.Esse final de semana ,esse mês e vejo que esse ano,estão me ensinando a ver quem realmente sou,e eu sempre soube que eu era mais do que a santinha inquebrável que não comete erros por ter sofrido com os dos pais.Eu vou ter os meus erros,e sofrerei agora por eles e só,carregar sofrimento alheio é demais,é renegar a própria vida e esquecer de aprender com seus próprios erros.E isso não é viver,nunca foi,nem nunca será,isso é a causa daquele vazio horrível que você sente quando vê que pra você não sobrou mais nada do que viver os problemas dos outros.Altruísmos á parte,mas todos temos que ver nosso lado,porque ninguém vê.Tem hora que você simplesmente cresce e tem que deixar a adolescente complexiçada pra trás junto com as bonecas,junto com tudo que passou e que você só vai relembrar mas reviver jamais!Não vale a pena,a gente merece tanto,sofre tanto por tão pouco,por tão pouco de gente que existe em algumas pessoas,isso é um desperdício de vida.Sei que parece tudo baboseira,mas nem sempre vou ser brilhante,e ter o texto perfeito.Eu sempre cito minha ídola e agora não será diferente:"Eu te deixo ser,deixe-me ser então."

Eu vivo sem todos,mesmo que quase morta,mas nunca posso viver sem mim.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Grades de Nylon.

A teimosia me persegue
junto com uma curiosidade
que beira a uma fé quase que fervorosa
eu insisto em tentar,eu persisto em pagar pra ver
Eu queria que houvesse palavras pra expressar
o nível hard da minha loucura,mas se elas existissem
não seria de toda louca,porque insanidade não se explica.
Eu sinto que vou vivendo até o último fio dessa trama
que se vai tramando e me enrolando em dias
em que nem o sol e nem a lua me trazem total tranquilidade
Eu refém de mim,entre os muros do meu próprio ser
Não há pra onde correr,a liberdade é uma mentira
Quando já se nasce preso a não só um corpo,
como uma alma
E quando se vê,você está preso a não só mais isso
mas a sua própria vida,seus amores e seus prazeres.
Na verdade ninguém nasceu pra ser totalmente livre
Não quando já somos gerados dentro das paredes uterinas da nossa mãe
E quem disse que isso é de todo ruim?
O que seria da sanidade sem os momentos de loucura?
A vida é uma prisão.

sábado, 30 de janeiro de 2010

O amor necessitado


Foi amor,eu tenho certeza disso,e descobri com o tempo,que amor nenhum se finda.
Crescemos com a ideia de amor quase que em simbiose com a reciprocidade,mas obrigada por me mostrar,
que para amar não se precisa de retorno algum.
Eu precisei ter medo de tentar,precisei deixar minhas pernas bambearem,necessitei descarregar a verdade,
sem jeito algum na sua frente,eu consigo ver hoje.Eu precisei amar você.

Porque eu vivi momentos difíceis sem ao menos constar em suas memórias diurnas,eu vivi me lembrando de você a cada placa,a cada música,a cada rosto que se transformava em simplesmente algo que me remetia ao seu.E eu sentia
o calor que você não me dava,suas mãos que não me tocavam,eu sentia você a cada momento dos meus dias.
Mas sofri quando percebi que você não passaria disso,quando a cota do tempo de matar a vontade de te ver,ou falar,ou escrever pra você se acabava.Como se aquela situação fosse provisória,eu caí das nuvens quando soube que eu não teria você,minha melhor ilusão se tornou minha mais cruel realidade.

Mas o pior,com certerza,o pior de tudo foi ter que decidir parar de te amar,porque era físico,mental,psíquico,espiritual,a minha necessidade de amar você.
Eu quis te apagar da minha história,sem saber,que pra isso precisaria apagar uma parte minha também,porque amar é assim,você se entrega sem querer e sem ver já vive um pouco da vida do outro.E depois de tanto tempo,eu notei.Não vou conseguir arrancar você de mim,porque você mesmo sem fazer nada,mesmo sem querer,e talvez nem fosse você,talvez fosse quem eu te fiz,um altruísmo de amar sem receber amor em troca e um egoísmo em amar um "você" que eu mesma idealizei.Mas eu sei,eu precisei dizer que te amava,eu precisei suspirar por você,precisei sentir borboletas no estômago.Era trivial,e de certa forma,ainda é e será sempre.Porque mesmo com toda a dor da desconsideração e desilusão,você ainda faz parte do melhor que há em mim.Aquela partezinha se permite amar acima de todas as medidas, que ama sem esperar nada em troca.É,eu não sei porque,mas eu amava te amar.Você sem querer me tornou alguém melhor,me fez mais forte,porque ao te amar eu também percebi,eu também me amei.

Espero um dia ainda deixar de doer ao pensar em você,redundantemente falando,foi te amando que me senti realmente feliz.