segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Anything but ordinary.

Esse ano está terminando,foi meu ano menos produtivo aqui no blog,mas não foi totalmente não produtivo em relação a escrita,eu até comecei a escrever o meu bendito romance!Enfim,minha vida e suas nostalgias,no alto dos meus vinte e um anos é incrível,mas tudo antes,poucos anos atrás se tornam em abismos do tempo.Ah,vai,eu explico,sabe quando você percebe que uma realidade antiga,alguma época que você viveu,ficou bem pra trás?Assim,como um enorme buraco negro na história da sua vida?Ah,sei lá,sei que pra muitos o ínicio dos anos 2000 foi ontem,mas gente a década está terminando!Em exatos 16 dias!E parece que foi ontem que eu estava com meu vestidinho branco pré-adolescente festejando um novo século,um novo milênio.É incrível ver como a vida muda,o tempo passa,e como você vai se tornando outra pessoa,sem jamais deixar de ser aquela menina de onze anos com vestidinho de chiffon branco.

É só para variar eu escutando música,a droga pros meus males,achei um cd meio antigo da Avril Lavigne,"Let go",poxa final de 2002 e eu não me esqueço de como eu amava aquelas músicas,e o mais engraçado,algumas eu amo até hoje,ela imprimem nos ouvidos a mesma sensação que eu tinha aos recém completados quatorze anos,trazem o cheiro das coisas,as cores,a atmosfera,tudo de uma adolescente passando por problemas maiores que seus anos de vida.Tem várias músicas boas nesse cd,mas duas eram muito rodadas no meu rádio,"Losing grip" e "Anything but ordinary".E essa última,ainda tem muito a ver comigo.Quem disse que a garota de quatorze não tem algo com a jovem mulher de vinte e um?Aproveitando a deixa,outra coisa que marcou a minha adolescência,vi essa semana o filme "Veronika decide morrer",no qual é baseado em um de meus livros favoritos,e só pra variar,refleti muito.Uma frase do Dr.Blake ficou cravada em minha mente:"Não é porque seja clichê que não seja verdade".

É a vida é muito clichê,sem deixar de ser verdade.


"Eu prefiro ser qualquer coisa a ser comum,por favor."
Anything but ordinary,Avril Lavigne.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Viver é melhor que sonhar.

A vida sempre com seus joguetes e seus mistérios.
Passamos ela inteira tentando entender,decifrá-la,tudo em vão.Não há nada para ser entendido talvez,talvez seja pura presunção tentar.
A vida é angústia pra ter sempre aquilo que você não poderá ter,e mesmo assim sempre tentaremos apoiar sonhos vãos por mais simples que sejam,porque se não viver atrás disso,viverá do que então?
Confesso que me irrita pessoas que dizem que preferiam não ter vivido,principalmente um amor.Quando será que as pessoas verão o valor que tem cada sensação boa vivida,o quanto ela é efêmera,o quão divina ela é.Não importa que teve fim,sua vida terá um fim também,tudo tem.Mas vivida em vão será,se você não souber tirar o melhor da vida pra você.E lembrem-se a vida não é generosa com todos,me lembro de uma frase de um filme de romance,daqueles bem clichês,do qual eu adoro a personagem com câncer diz ao pai após uma desilusão amorosa,em plena fase terminal:"Não,não me arrependo,pois existem pessoas que passam vidas para viver o que eu vivi.".
Nada anula o que se vive,não existe borracha no enredo da vida,e o engraçado é que sempre nos lastimamos lembrando de algo ruim,sendo que as coisas boas que nos provocaram sensações melhores.É,o ser humano tende a ser dramático,e até mesmo egoísta.Acho que pessoas que dizem que não queriam ter vivido isso não mereciam mesmo,nenhum tipo de amor,que pra viver um amor eu creio que tem que ter a sensibilidade e a sabedoria pra saber,que nada por aqui é infinito,que tudo muda e que no fim,as coisas boas te consolarão.

Como dizia Clarice:"Não tente entender,viver supera qualquer entendimento."

Preferia ter as lágrimas de um amor perdido,do que jamais um dia amada sido.

sábado, 7 de novembro de 2009

Passos vagos

Entre a vastidão do que sou e quem quis ser
eu não sei mais,
se sou o que era ou o que quisera ser
Não tenho paciência pro mundo,balela,antes deixar tudo pra trás

Entretudo e contudo
eu sou nada e sigo porém tentando
na fé de que meu nada humilde se torne um tudo
na triste esperança movente vou caminhando

Eu queria mesmo era mais gente de verdade
num mundo mais sincero e sem tanta futilidade
eu queria sentimentos mais puros e profundos
do que ter que sempre sair á francesa nos fundos

O pensador pensou e se cansou de tanto pensar na realidade
o ser humano se divide entre o nada e o tudo
e no fundo se diluiu na vontade
se calou e tornou-se mudo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Monólogo entre mim e Deus

Por favor você aí de cima,me escute!
Eu não quero reembolso,só queria sumir por uns tempos,será que dá?Sei que você deve tá ocupado e com o saco cheio das pessoas te pedindo coisas o tempo todo,mas eu só queria uma coisa,te devolver minha vida,será que dá?
Não quero me matar,acho muito dramático além de machucar várias pessoas que não merecem,mas eu em parte desejo muito devolve-la porque nessa vida eu levei a sua lição muito a sério.Eu amei demais,intensamente,muitos dos seres aqui,e fui amada por alguns,mas fui tratada com tanta indiferença por outros que toda a intensidade do meu grande amor pelo mundo está me sufocando,eu vou explodir de amor.Por que me fez assim?Por que não me deu um pouco da dose de maldade tão comum nessa conhecida humanidade?
Podia com isso ter mudado toda a minha vida,poderia ser até feliz agora,poderia até olhe só,fazer parte desse mundo,o senhor tem certeza que me mandou pro planeta certo?
Não duvidando de sua magnânima sabedoria,mas te perdoaria(olha só uma humana perdoando o ser supremo,que heresia)do fundo do meu coração se tudo isso fosse um erro,e enfim você me levasse pro lugar de onde eu realmente devo pertencer,o lugar onde tantos tentaram procurar comdrogas, giletes e comprimidos em demasia,eu não,estou aqui humildemente pedindo,posso descer no próximo ponto?Isso aqui não é pra mim,sinto falta de algo que dói e que não parece ser desse lugar.
Oh,Deus me responda quando puder,porque tudo me diz que isso tudo é a maior roubada,eu percebi que a minha vida foi a minha maior cilada.

Atenciosamente Camilla.

domingo, 23 de agosto de 2009

Saudade.

Desta vez eu não vou me importar se nenhuma,nenhuma pessoa mesmo ler meu post até porque,este em especial não é um post para muitos,pois só os que me conhecem(talvez) possam entender o que eu tentarei expressar nessas linhas.
Sim esse texto trata-se sobre saudade,mas não de uma só.Ok,uma única e enorme saudade inundou meu peito essa tarde,a saudade de uma pessoa que mesmo não fazendo parte dos meu santo dia,era da minha família(que é bem grande) e de muito estima minha,meu tio.
Meu tio por parte de mãe era o nono entre dez irmãos,então foi um choque,quando há duas semanas em pleno dias dos pais um telefone fez minha mãe desfalecer e sem querer me irromper em lágrimas,o que passava na minha cabeça era acalmar minha mãe além do fato de ainda não acreditar que aquilo tinha acontecido mesmo(primeiro estágio do luto:negação).Ele não era tão próximo quanto alguns parentes meus,como os do lado paterno por exemplo,mas na minha infância eu me lembro muito dele nos natais,(sempre na churrasqueira com uma "breja" na mão),ou promovendo festas de aniversários dos filhos(ele tinha 3),filhos que são meu primos e mesmo não tendo muito contato,senti muito a perda por eles,pois família é família,só no velório constatei que isso é mesmo verdade,foi horrível,eu não conseguia parar de chorar não só por ele,mas por nossa família fragilizada com a perda de alguém que perpetuou-se na memória de todos de alguma maneira.Esse post era mais sobre várias outras saudades,mas de acordo com a grandiosidade que ele possuia em nossa família,um pai que com certeza fez dos seus filhos pessoas maravilhosas,acabou sendo pra você tio.O nó na garganta pelos seus filhos e nossa família é ruim,porque eu sei,que jamais,por mais que nos acostumemos irmos parar de sentir saudades de você.Eu vi,que em minha vida várias pessoas fazem diferenças algumas que eu mal imagino,e chorei,porque você era uma delas.

De uma de suas tantas sobrinhas,

Camilla Moreno de Godoi.


Mémórias à Antonio Jesus Moreno Perez.(1959-2009).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Distimia

Quantos meses se faz uma vida?
Quantos dias pode se destruir toda sua alegria?
Quantas pessoas podem acabar com toda a sua fé?
De quantos males se pode querer morrer?

Distimia,
tornando plausível minha agonia
tirando toda a vontade sentida
descolorindo todos meus dias.

Como uma coisa pode ser considerada besteira,se tira vidas inteiras?

terça-feira, 28 de julho de 2009

Enredo,ponto e vírgula.(vida).

Pontuado por vírgulas,pontos finais
acompanhando as linhas que vão da minha mão até o papel
seguindo com a estória que poderia ser a sua ,a dela ou até mesmo a minha.
Que se fosse minha, história assim com "h" seria,
mas a coisa para isso não caminha.
Então pontuo meus desejos de uma prosa triste que é minha via,
em enredo feliz de personas que eu mesma ponho nas linhas.
Pois nessa estória,ou história que se tornará ou é,
criar nos dá o poder ter ou ser o que quer que seja,
tornando esse caminho mais suportável,
na pequena loucura que é a vida.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Lágrimas de fênix.

Viver como muitos já disseram e eu venho aqui ridicularmante repetir,é realmente algo engraçado,estranho,instável.Hoje em um grande shopping da grande São Paulo,esbocei(tá eu tinha esperanças de que conseguiria) o desejo de assistir um filme que é a sexta produção cinematográfica de uma série de livros conhecida internacionalmente,tá acho que todo mundo sabe que se trata de "Harry Potter e o enigma do príncipe".A questão é que,hoje na praça de alimentãção desse mesmo shopping,estava eu e minha mãe comendo quando ela,como sempre,querendo uma desculpa para não ter de ir ao cinema,soltou um:"Harry Potter,de novo Camilla?Você lê esses livros e vê esses filmes desde quando,desde os dez anos?Já não é a hora de crescer?",não,eu li o primeiro livro quando tinha onze anos,e respondi que vi o primeiro filme com treze,mas,o que mais me deixou reflexiva foi o que minha mãe me disse.Sabe,hoje olhando para aquela fila gigante do cinema,com tantas crianças nos colos de suas mães,eu me assustei mais um vez com a passagem repentina do tempo,sabe,tantas crianças que nem tinham idade,maturidade e que nem ao menos entenderiam o teor da estória,crianças que não sonhavam estar nem nascidas quando eu com meus até então onze anos peguei aquele livro recém lançado aqui no Brasil.Mais chocada ainda me lembrei que minha mãe me disse para crescer,como se crescer tivesse alguma coisa haver com ler livros sobre magia e jovens que passaram suas adolescências sob nossos olhos,exatamente como,exatamente como muitos que hoje tem a minha idade!Ter vinte anos ás vezes é bem mais emblemático do que eu poderia imaginar,até ano passado com dezenove e ainda considerada adolescente ainda também,conseguiria por toda a culpa na idade,e assim como passe de mágica eu nem posso mais gostar de algo que eu vi começar,que eu passei toda essa fase acompanhando,uma coisa que talvez não seja mais tão importante na minha vida como foi aos onze ou treze anos,mas,que ainda faz parte de mim,isso não pode se discutir.A questão é,que como todos esses últimos posts,por que raios as pessoas tem tantos padrões sobre o que seria crescer?Porque crescer não pode ser mais natural e menos difícil do que ele normalmente já é?E por quê?Por que temos que deixarmos de gostar de coisas que nos são atemporais,coisas que sempre estarão aqui dentro da gente como a criança que deveria sempre estar aqui dentro de nós?Eu imaginava quando era pequena que a gente quando ficava adulta magicamente perdíamos o medo de escuro(em parte perdi,mas ainda tenho um abajurzinho do meu lado,qualquer coisa ,né?hehe),o medo de injeção(perdi com a vida mesmo,mas mesmo assim não acho uma das coisas mais agradáveis de ter que tomar.),e coisas do tipo,mas sinceramente,claro que mudamos,é claro que doamso as bonecas,mas sempre guardamos aquela lembrança da infância que sempre estará conosco,ou um cobertozinho,um brinquedo,o que seja,isso não é deixar de crescer,isso é sabedoria ao amadurecer.Sabedoria de que,por mais que crescemos e esquecemos de todas aquelas lembranças que foram realidade um dia,mesmo assim aquela pessoa continua lá,em constante transformação,mas ainda está lá,esperando um filme da sessão da tarde,uma criança em ponto de ônibus para sair um pouquinho.E assim minha parte adolescente tão recentemente partida,sempre existirá,naquela série de livros e filmes que foram em uma fase tão difícil da minha vida,a minha tábua de salvação.Porque nem só de realidade vive o homem,e quanto conhecimento já trouxe a ilusão! Ah, lembrando que o sexto filme do "Harry Potter" tem censura de doze anos.Acho que só isso já explica que o filme não é infantil. Só pra nunca me esquecer,"Draco dormiens nunquam titillandus".

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pobres menininhas


Ultimamente tenho deixado a poesia de lado pra embrenhar em uma franca prosa.Já devo ter escrito muito,ou até mesmo nada sobre isso,até porque tenho consciência de que existiram e existem tantas coisa mais importantes do que falar da maldade de algumas pessoas.

No meu outro blog fiz um post há mais ou menos um ano que se chamava"As meninas",nome que me inspirei num poema de Cecília Meirelles,que fez parte de um trabaçho de escola que eu realizei com as minhas duas melhores amigas da época.Bem amigas,não é o melhor jeito de chamá-las,pois elas me fizeram sofrer muito ao praticar bullying comigo na sexta série,mas você deve estar se perguntando:Mas que diabos isso tem a ver com o que ela quer falar,de que raios ela está falando?.Bom respondendo,tem tudo,tudo a ver com esse post.Não querendo falar muito sobre o caso da sexta série uma vez que esse já foi superado e exorcizado com o post no antigo blog,mas é incrível como a gente pensa que as pessoas mudam supostamente quando crescem.Algumas não,dá pra ver nesses filmes adolescentes muito desse assunto de bullying,vocês podem ver e até pesquisar,fico feliz que hoje em dia isso tá sendo visto com mais seriedade,uma vez que quando aconteceu comigo foi considerado "coisa de criança".Pode até ter sido,mas crianças comentem sim delitos e tem de serem punidas,adolescentes também,quantas vezes não vi utilizarem da idade para justificar tantas atrocidades cometidas,eu já fui muito vítima da maldade juvenil e não me orgulho de tomar essa posição a de "vitima",mas,foi o que aconteceu e vejo que eu não fui única,tanto em casos como o meu,mais graves ou menos graves não interessa,estamos tratando de seres humanos,porqueas pessoas só tem dó ao punir os menores agressores?Não interessa se foi fisicamente ou moralmente,palavras ferem como navalha quanto mais quando sua alta-estima está em formação,e não me venha com discursos de que são besteiras e que quem não consegue se defender é fraco e etecétera,não fraco é aquele que é pobre de espírito,que é um ser humano mediocremente cego pros sentimentos alheios.É triste ver tantos jovens no mundo inteiro tirando suas vidas por pessoas assim,e eu com a propriedade de quem passou por isso digo,é difícil aguentar,é difícil ser ignorado pelas pessoas,quando elas te pegam pra piada o tempo todo então,é mais ainda,mas,não podemos esquecer nunca que ainda existem pessoas boas ainda nesse mundo,mesmo que poucas essas pessoas estão aí,e não podemos desistir do mundo por tão pouca coisa,sim coisa,porque quem não se importa com os seres humanos não pode ser classificado como um.Uma vez ouvi de um mestre,sim aquele que deveria nos educar e proteger,que uma garota que era alvo de chacota na sala merecia ser zuada por não se defender e ser do jeito que ela era,quando ouvi aquilo vi que diploma infelizmente não dá sabedoria e nem humanidade a ninguém,e que até hoje devo ser alvo de piadinhas pras menininhas "perfeitas" que estudaram comigo por minhas limitações na escola,por faltar demais e tal,mas quer saber?Sim,hoje vi algo que me incomodou,admito,mas eu não vou me incomodar mais,porque afinal essas mesmas meninas uma vez se ofenderam em vestir a carapuça de seres inferiores,que uma amiga minha as chamou assim,e pensem,será que elas não são mesmo?Pra mim o melhor sempre foi aquele que pôe não só o respeito a si mesmo a frente como onde começa o dos outros,isso é ser melhor provar que mais é menos,provar que ter respeito e amor pelos seres até que você não simpatize muito é não só um ato humanitário como divino,e eu sei que seja o que for,Deus é maior.E como diz uma letra de música que me ajudou muito,obrigada a vocês que me fizeram uma lutadora.

Vini,vidi,vinci.

Na verdade eu sinto é pena,dessas pobres menininhas.
P.S: para saber mais sobre bullying:http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
Afinal a informação e sabedoria são os melhores remédios contra a ignorância.

sábado, 27 de junho de 2009

Vinte e poucos anos...

E um dia assim,de pronto,sem saber como e porque,você nasce.Você é assim,jogado pra fora,engolido pelo mundo,bem antes mesmo de gritar depois de uma palmada no bumbum,e sentir o ar arder em seus novatos pulmões.
Tudo assim sem sentido algum,uma coisa maluca que você percebe,depois de sair do colinho anos depois da mamãe,que as dúvidas nunca cessam,elas só aumentam.E assim você cresce,você percebe que com suas perninhas(é assim que eles chamam,a gente grande,papai,mamãe,titia e vovó pelo menos...),você pode andar,depois descobre que pode expressar(ou não) o que pensa e sente ao que eles dizem falar.
Os anos vão passando lentamente pra você,para seus pais o relógio simplesmente não para de correr,e você vai descobrindo o mundo através de desenhos e filminhos de criança na TV,tudo parece tão excitante,a vida parece uma fonte inesgotável de novas e inúmeras possibilidades de fazer um montão de coisas legais,uau!A vida parece ser algo incrível,você tem suas dúvidas,mas elas sempre se cessam com algum pensamento feliz após ver seus amiguinhos na porta te chamando pra brincar ou vendo mamãe tirar aquele bolo delicioso de chocolate do forno,como os adultos podem reclamar tanto da vida?Pra você,reclamar daquilo tudo não faz sentido,você sabe que um dia se Deus quiser,você também vai crescer e vai ser gente grande,mas isso parece tão distante,naquele momento na sua infância,um dia é um mundo,um mês é uma galáxia e um ano,nossa!Um ano é o universo inteiro.Você anseia vários dias seus aniversários que demoram a chegar,e as vezes você acha isso um saco,por vezes o tempo podia passar rápido,como para ir numa excursão da escola ou para ir para praia no fim de semana ou até só para ir na casa de sua amiguinha para fazer trabalho da escola(= uma hora de trabalho e várias outras de diversão!).
E assim,mesmo demorado,naquela época,o tempo passa e toda a candura vai embora também.Chega sua "problemescência",ops,digo,adolescência.Todas as suas certezas começam a ruir,toda a inocência começa a ser questionada,e agora o mundo já não é mais tão cor de rosa(eu prefiro azul ou lilás,se querem minha opinião...),ele varia muito rapidamente de vermelho-fúria,roxo-deprê e passa por vários laranja-excitação.Sua vida que antes tinha uma certa instabilidade,que só sofria alterações quando alguém querido morria,ou quando você via algo que mamãe não queria que tivesse visto na tv,agora era puro caos e céu.Os hormônios parecem ser seu amo e mestre e você não consegue evitar de ser por muitas vezes,idiota e imbecil.Mas já não é mais como a infância,e tudo agora parece andar mais depressa,depois dos dezessete então,o tempo começa a voar sem controle,mas você meio que não percebe,tá preocupado demais sendo adolescente e ou por vezes preocupado apenas consigo mesmo(a grande maioria por assim dizer...),ou vendo que no mundo existem mais pessoas que no seu umbigo ou seus amiguinhos reais e os imaginários,(acho que fui uma dessas,não sei,seria presunção demais em dizer?) Você se choca e começa a querer ser algo maior,algo diferente daquele mundo onde tentam te vender o que você deve ser,tudo numa linha perfeita de vida,agora o "normal" é você arranjar um namoradinho para se gabar para amigas,dizer com "propriedade" para alguma amiga solteirona ou que terminou com o namorado que você pode falar de relacionamentos,e etecétera,tudo aquilo que você,garota comum sonhou a vida inteira até agora.E se você não das mais convencionais,bem a vida te reserva bastantes desilusoes,mas você percebe que mesmo se sentindo um estranho no ninho,isso é realmente ser alguém de verdade.Alguém que não vive para respeitar padrões alheios,alguém que nasceu para viver de seus próprios meios,suas prórprias regras(diga-se que é claro,sempre respeitanto o direito dos outros,o limite de um vai até onde começa o do outro,essa foi a lição mais valipsa que aprendi até agora.).
E quando você vê,você completa sua segunda década de vida,e vê que a adolescência agora,mesmo que não tão distante,figura na sua vida algo passado e engraçado como a infância.
Percebe que muitas( a maioria pra mim) coisas que você acreditava,e que Deus!Como era bom acredita-las!Nota que as dúvidas aumentam e que a vida adulta era bem melhor num vislumbre da infância do que agora na realidade,sentindo na pele.Percebe que crescer não é só namorar,perder a virgindade(tornar-se mulher para os antigos,e que conceito antigo não?),ir para faculdade,trabalhar e começar a comprar coisas com seu próprio dinheiro.Não,na verdade,apesar disso ajudar com alguns casos,crescer agora sei,não é isso.Crescer é um acontecimento individual e progressivo que acontece diferentemente de pessoa para pessoa,e que é mais uma lição de aprender com frustrações do que comprar um carro.
Maturidade não se relaciona com padrões pré-estabelecidos pela sociedade,muito pelo contrário,como já disse uma autora que gosto muito,a maioria das pessoas mais maduras e interessantes que conheci,não sabiam o que queriam ser mesmo adultas.A maturidade não está venda junto com camisinhas,carros ou com matrículas de faculdade,ela só estará incluída se você perceber que em meio de tantas experiências você está sendo honesto com você mesmo.


Enfim,muita gente que ler pode até pensar,mas o que essa pirralha de vinte anos sabe sobre maturidade?Bom,com sinceridade,não muito!Eu estou só começando minha jornada,então nem tem como eu saber ao exato o que seja essa vida e como lidar com ela,e suspeito que vou morrendo tentando descobrir.Esta além dos meus limites humanos saber de tudo,mas,eu posso dizer pelo menos que eu fui fiel a mim,não fiz nada por fazer e que morri acreditando nisso um dia.Afinal,uma vez que você descobre a si mesmo,não dá mais para seguir as regras do mundo,só dá pra seguir as suas mesmo.



É eu ainda quero saber bem mais que meus vinte e poucos anos....

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Aula de francês com Tiê

Aujourd'hui j'ai fais une chanson, ça c'est très elegant, un oiseau, como se diz? Est entré par la fenetrê e parou. J'appelle pour mon chat: ou tu veux ou tu veux pas. Como vai você? Actuellement, je been travaillé. La famille jouit d'une bonne santé. Bonjour madame, s'il vous plaît. O que você vai querer? Je veux deux brioches et un café au lait pour la journée. Pois agora j'ai du sommeil. O que você quer? Eu sei, je sais. Laralaralalaralaralarala, me encontre agora lá na esquina do hotel. Laralaralalaralaralarala, moi je serai toujours chez toi.




Eu sempre tive uma relação com a música,como posso dizer?Uma relação de alma,sem relação alguma com a racionalidade,a música enxuga meu pranto,acalenta meu coração.Já quis ser tanta coisa,mas eu ainda sonho com música,e moda,e arte,e vida perfeita.E se Deus olhar pra cá,assim será!Ouça Tiê,ouça música e limpe sua alma com as notas de uma límpida e singela chanson.

Como disse um célebre pensador:


"Sem a música a vida seria um erro"Nietzsche.


E que grande erro.


Deliciando Tiê,Sweet Jardim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Neverland

Tenho imensamente conta de que essa vida é a única coisa com que posso contar.Tenho em mente que nessa estrada deixei cair farelos de sonhos que deixaram minha vida mais vazia,a cada vez que se esvaia de meus bolsos.Tenho certeza de que a vida já foi algo para se realizar,sonhos cheios e plenos,com sorrisos e dias de sol misturado com dias nublados,tornando-os na pura magia de se viver o que um dia valeu a pena.
Tenho consciência de que já fui algo maior,já fui algo feliz,estou certa de que sim,eu já fui alguém.Ao contrário de muitos eu era mais quando pequena,porque quando pequena tinha os olhos que agora já não me acompanham mais.Presa as minhas angústias,invejando os meninos perdidos,eu cresci e vi,e digo que por hora,não gostei.
Esse mundo de gente grande é falso e sem graça,as pessoas se beijam mas não se amam,elas fazem coisas só para se vangloriar depois,e não porque valia pena,elas trabalham sem alguma razão maior.Esse mundo é vazio e fraco,alienado,preso há algum tipo de sistema digno de filme de terror,ou se rende ou se transforma em algo que o "mundo" ignora sua existência.Realmente um horror,de repente o errado ficou certo,de repente é desde sempre,mas em neverland não existe esse canal de Tv.
E assim me peguei outro dia,anos depois de deixar a terra inocente das ilusões,coloquei minhas mãos em meus bolsos e triste percebi,não,não sobrou mais nenhum pó de pirlimpimpim.De repente sumiram minhas asas e meus dias já não são mais longos.Hoje parecem disperdício,perdida nesse mundo desertada de mim.De repente neverland nunca pareceu tão certa,tão real,porque nesse mundo dos adultos,ser vazio é ser normal.

domingo, 14 de junho de 2009

Sigo em silêncio.

Sigo calada e não descontente
não mais,agora em estado dormente
como garganta que de tanto tossir
se cala,afônica e doente.
Sigo pensando,pois sem pensar,
não há ser vivente
no silêncio mais que mudo
em um ser ferido e ainda movente.
Sigo andando pois ainda tenho pernas,
que de muito para gozar da vida agora pouco serve
tenho pouco dos outros e tenho muito de outros pena
agora não há nada nessa vida que eu não observe
Sigo com lágrimas secas
porque gastei todas abnegada
tenho ingratidão,porque mesmo tendo tudo
sigo não tendo mais nada.